Técnicos do Ruraltins e Agricultura recebem capacitação voltada para cultivo de maracujá
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), com a parceria da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), realizará mais uma capacitação técnica voltada para a qualificação dos serviços de assistência técnica e extensão rural. O curso, fruto do Convênio Oportunidade nº 839847/2016, firmado entre Governo do Tocantins e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), será realizado de 23 a 27 de novembro, voltado para o Sistema de Produção de Maracujá.
A capacitação será ministrada pelo pesquisador da Embrapa e engenheiro agrônomo, doutor Raul Castro Carriello Rosa, contemplando 24 extensionistas e técnicos. Serão cinco dias de capacitação, no Centro de Treinamento e Capacitação em Tecnologia Agropecuária e Extensão Rural (CTC – AGRO), localizado no Complexo de Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), em Palmas.
Para a definição do tema da capacitação, o órgão levou em consideração as condições favoráveis que permitem o cultivo do fruto durante todo o ano, bem como o fato de ocupar pequenas áreas para o seu cultivo, podendo se tornar uma opção viável de renda e melhoria na qualidade de vida do agricultor familiar. “Fortalecer a fruticultura irrigada para os pequenos agricultores é nosso foco. E, agora, iremos trabalhar a cultura do maracujá, esse fruto tão importante no cenário nacional e internacional. Iremos fazer esse curso com um dos especialistas da Embrapa para capacitar os extensionistas do Ruraltins que irão levar o conhecimento sobre essa importante cultura para o interior do Estado. Será uma oportunidade única, com um dos melhores especialistas do Brasil para gente poder incentivar e promover essa cadeia produtiva no Tocantins”, explicou o gestor da Seagro, Thiago Dourado.

Além disso, os órgãos, Ruraltins e Seagro, também realizaram um levantamento na Central de Abastecimento de Hortifrutigranjeiro (Ceasa) em Palmas, sobre as cadeias produtivas que são trabalhadas pela Central. Com isso, identificou-se que, nos meses de novembro a abril, houve uma deficiência no fornecimento do fruto do maracujá, e no restante do ano, em torno de 90% do que é abastece o mercado tocantinense vem de outros estados, como Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Minas Gerais.
“Pensando em fomentar a cadeia produtiva do maracujá no Estado, voltada para o abastecimento da Ceasa, e no que já existe no nosso estado, uma vez que nós temos produtores e até mesmo uma produção interessante, só que de forma descentralizada e pulverizada na região norte do Estado, definimos o que seria um arco produtivo do maracujá entre Ponte Alta e Caseara. E, para consolidar, planejamos essa capacitação contemplando os extensionistas que atuam nos municípios de Ponte Alta do Tocantins, Santa Tereza, Novo Acordo, Porto Nacional, Palmas, Paraíso, Divinópolis, Marianópolis e Caseara, formando esse arco produtivo”, explicou o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Marco Aurélio Gonçalves.
Esta é a segunda capacitação técnica desde a inauguração do CTC Agro, a primeira ocorreu no período de 3 a 6 de novembro, quando 40 profissionais participaram de uma extensa capacitação teórica e prática envolvendo os sistemas produtivos e o manejo adequado dos peixes.

Produção de Maracujá
De acordo com dados do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2017, no Tocantins, a área colhida é de 49 hectares, em 70 estabelecimentos rurais. Anualmente, a sua produção chega a 378 toneladas, tendo como principais produtores os municípios de Nova Olinda, Dianópolis, Xambioá, Aragominas, Araguaína, Esperantina, Itaguatins e Luzinópolis. No cenário mundial, o Brasil é o primeiro produtor mundial da fruta.
Perfil do Palestrante
O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Raul Castro Carriello Rosa, possui graduação em Agronomia; pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (1998); mestrado em Produção Vegetal, pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2001); e doutorado em Produção Vegetal, pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2005). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em manejo orgânico e tratos culturais, atuando principalmente nos seguintes temas: nutrição mineral de plantas, sistema orgânico de produção e passifloras.
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