PMDB quer antecipar recesso para abafar denúncias contra Sarney
O PMDB encontrou uma maneira simples de abafar as denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e mantê-lo no cargo: o recesso parlamentar. O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da equipe do governo à permanência de Sarney na Presidência do Senado dá mais força para o partido antecipar o recesso e esvaziar o Congresso já nesta sexta-feira.
O partido pretende promover a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2010 na quinta-feira, antecipando em uma semana a data do recesso. A LDO é o principal mecanismo de planejamento financeiro e alocação dos recursos públicos para o ano seguinte à sua aprovação e também um dos pré-requisitos legais para as férias do legislativo.O relatório preliminar da Lei já está pronto há um mês.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) que tem de aprovar o projeto que vai reger o Orçamento em ano eleitoral é comandada pelo senador peemedebista Almeida Lima (SE), o que facilita a aprovação e o encaminhamento do documento ao plenário do Congresso.
O cenário também é favorável ao PMDB entre os parlamentares. O partido conta com o apoio da base aliada para votar a LDO na comissão na quarta-feira, encaminhando-a em seguida à Mesa, para que o projeto possa ser apreciado no dia seguinte pelo plenário.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), desde março se defende de acusações de nepotismo, favorecimento de aliados e até de tomar decisões escondido. A pressão para que Sarney renuncie ao cargo até que todas as acusações sejam apuradas cresce na Casa, tendo apoio de quatro partidos – PDT, PSDB, DEM E PSOL – o que representa pelo menos 35 dos 81 senadores
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