Startup catarinense produz folhosas baby leaf sem agrotóxicos com sistema inovador e embaladas em folhas de bananeira
Conceitos de sustentabilidade e saudabilidade estão cada vez mais chamando a atenção dos consumidores no Brasil e, do lado inverso, também estimulando novos negócios que atendam e incentivem essa demanda. É o caso, por exemplo, a startup Semente Urbana.
Focada em uma agricultura mais limpa e com menos impacto ambiental, ela está lançando uma novidade no mercado catarinense. Com produção controlada, dentro de containers instalados no município de Schroeder, no Norte Catarinense, a startup começa a comercializar folhosas baby leaf sem agrotóxicos e com economia de 95% de água em relação ao método tradicional de desenvolvimento.

A produção utiliza a tecnologia Growth Control na qual é possível controlar o clima e suas variáveis, permitindo que se faça o cultivo sem agrotóxicos ou pesticidas. “Ela também nos permite dar o que a planta precisa sem depender de um dia de sol, garantindo uma entrega padrão sem sazonalidade”, destaca o sócio Fernando Borgmann.
Comuns em países da Europa, as folhosas baby leaf são colhidas antes do período normal, proporcionando uma concentração alta de nutrientes, além de maciez e sabor refinado. Inicialmente, a Semente Urbana disponibiliza aos consumidores da microrregião de Jaraguá do Sul produtos como alface crespa e americana, folha de mostarda, beterraba baby beet e salsa, todos prontos para o consumo.
Enfatizando ainda mais a sustentabilidade, a startup não utiliza embalagens plásticas, substituindo-as por folhas de bananeira, item abundante no Norte Catarinense. Outro diferencial é que as caixas usadas nas entregas são retornáveis e feitas em material reciclado. As compras serão exclusivamente via site e contato por aplicativos como Whatsapp.
Espaço
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), até 2050, estima-se que a população mundial chegue à dez bilhões de habitantes. Entretanto, se os modelos atuais de produção de alimentos forem mantidos, será necessária uma área cultivada do tamanho do Brasil para atender à demanda, o que, conforme especialistas, é insustentável devido ao grande impacto. Um deles tem a ver com a água: hoje, a agricultura é responsável por cerca de 70% do consumo de água doce no mundo.
Dessa forma, diversas recomendações têm sido feitas para frear esse cenário. O cultivo mais próximo dos grandes centros, que reduz desperdícios no transporte, a adoção de tecnologia para maior produtividade e com mais qualidade e as novas formas de cultivo são algumas. De acordo com Beny Fard, CEO da Spin, responsável por acelerar a Semente Urbana, a startup está alinhada com todas elas e, por isso, vem chamando atenção do mercado. “O potencial é gigantesco”, destaca.
Sobre a Spin
A Spin é a primeira e a maior rede de aceleradoras startup+indústria do Brasil (hardware e software) e também uma das dez melhores aceleradoras do país, conforme o Startup Awards 2018. Com unidades estabelecidas nas cidades de São Paulo, Curitiba, Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul, a Spin é parceira oficial do Stanford Research Institute para todo o território nacional e tem como objetivo colocar frente a frente startups inovadoras, indústrias e investidores interessados em transformá-los em negócios exponenciais. Para saber mais, basta acessar o site www.spin.capital. A aceleradora também está nas redes sociais e possui o portal de educação www.spin.capital/academy.
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